Servidores rejeitam nova proposta e mantêm greve em Sertãozinho, SP

Os servidores de Sertãozinho (SP) rejeitaram a nova proposta salarial oferecida pelo prefeito Zezinho Gimenez (PSDB) e decidiram manter a greve iniciada nesta quarta-feira (6). Enquanto os grevistas pedem reajuste de 9,67% mais 2% de aumento real, a administração municipal oferece 6,23% referente à mais 1% em outubro.
Horas antes do encontro entre representantes dos servidores e prefeito, 1,5 mil grevistas protestaram em frente no paço municipal, segundo o sindicato. As manifestações duraram quase sete horas e fecharam a rua em frente à sede do Executivo.
Segundo o secretário municipal de Administração, Leonídio de Oliveira, o reajuste pedido pela categoria é inviável, pois compromete a folha de pagamento do município a um nível não permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sem acordo
Na reunião, que começou por volta do meio-dia, Gimenez manteve a contraproposta oferecida anteriormente - 6,23% de aumento nos salários e 8,5% de reajuste na cesta básica, para R$ 420 –, mas garantiu um novo reajuste de 1% a partir de outubro.
Considerando que os valores ficaram aquém do solicitado, os servidores rejeitaram a proposta e anunciaram que permanecerão em greve. Eles exigem reajuste de 9,67% e mais 2% de aumento real nos salários, além de cesta básica de R$ 500 – que atualmente é de R$ 387.
Servidores protestam em frente à Prefeitura de Sertãozinho (Foto: Web Noticias)

De acordo com a entidade que representa os trabalhadores, uma pauta com pelo menos 30 reivindicações ainda precisa ser colocada em discussão. Contudo, neste primeiro momento das negociações, o foco está nas exigências econômicas.
Segundo o sindicato, 85% dos 2,5 mil servidores já aderiram à paralisação. Com isso, apenas casos de urgência e emergência continuam sendo atendidos na Unidade Básica de Saúde Central, na Rua Geremias Lunardelli, respeitando o mínimo de 30% de servidores ativos. As aulas nas escolas municipais e os atendimentos da Guarda Civil estão suspensos por tempo indeterminado.
Limite
Segundo o secretário de Administração, Leonídio de Oliveira, a Prefeitura não pode oferecer um valor de reajuste superior à proposta atual, devido às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele inclusive cogitou cortes no número de funcionários para não infringir a legislação.
“Pela lei, eu não posso passar de 51,3% da receita municipal com despesa de funcionários. Atualmente, eu já estou em 50,05%. Mas colocamos 1% lá em outubro para termos tempo de avaliar a receita e garantir que não passaremos do limite. Se dermos agora, já estouramos e o Tribunal [de Contas do Estado] vai cobrar”, explicou.
Quanto à greve, Oliveira disse que enviou uma notificação ao sindicato cobrando uma escala para a manutenção dos serviços essenciais. “Como temos dez unidades de saúde, por exemplo, entendemos que tem que ter o mínimo legal em todas as unidades, não apenas concentrado no Centro”.
Após a resposta, a Prefeitura analisará se ajuizará uma ação pela ilegalidade da greve.
  Servidores protestam em frente à Prefeitura pedindo reajuste salarial de 9,67% (Foto: Web Noticias)


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